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quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Salve 2015!

2014 vem chegando ao fim. E como geralmente acontece no mês de dezembro, as reflexões me invadem o pensamento, e mergulho em lembranças recentes e desejos futuros.

Ando um tanto expectadora ultimamente, observadora das pessoas e situações, como quem assiste a um filme projetado na tela de cinema. Neste filme, incomoda-me assistir a algumas cenas que se repetem de maneira desinteressante. São personagens que mantêm o mesmo padrão de comportamento, agindo reincidentemente com falta de cordialidade e educação. O mais incrível é que cada um é o autor de sua própria história neste filme - e ainda assim, as atitudes são as mesmas. Falta criatividade ao roteiro.

Falo do excesso de egocentrismo e da carência de gratidão em algumas pessoas. De sutis a grosseiros exemplos, temos todos uma história para contar. Basta observar, inclusive a nós mesmos. Afinal, estamos todos sujeitos a condenar o filme sem perceber que dele corremos o risco de, por vezes, participar.

A moça recebe oportunidade de desenvolvimento no trabalho, é promovida, prestigiada, mas permanece insatisfeita. Quer escolher o que fazer e com quem trabalhar. Age com mau-humor, como se o mundo estivesse em débito com ela. O ano foi financeiramente difícil para o rapaz. E ele reclama, esbraveja, relutando em perceber tantas outras coisas boas que viveu. Em uma celebração de final de ano, o funcionário é sorteado com o melhor brinde da festa. Sua reação de indiferença parece dizer que a empresa simplesmente cumpriu com alguma obrigação devida. Ao sair pelo portão do edifício, a jovem percebe uma mulher se aproximando. Ela segura o portão para a mulher, que entra sem sequer olhar para a menina. A empregada faz um doce para surpreender a patroa. E a madame reclama pelo que foi feito sem que ela fosse consultada.

São exemplos banais, cotidianos, que a todo instante despontam ao nosso redor. Talvez os personagens atuem sem a intenção de atingir o outro. Talvez simplesmente não se incomodem se o outro é atingido ou não. Importa sim é o umbigo de cada um. E que se dane o mundo que eu não me chamo Raimundo!

Gratidão é sinal de reconhecimento, carinho e respeito. Gratidão é amor - às pessoas, às situações, à vida. É a humildade de olhar para fora de si e valorizar o que e quem está ao seu lado. Gratidão exige cultivo diário, o exercício constante de autovigilância para captar como cada situação lhe beneficia e como retribuir o benefício recebido - o que pode ser bem simples. Gratidão pode manifestar-se com um gesto, um sorriso, uma palavra ou simplesmente uma atitude interna de positividade. Estamos todos interligados de algum modo. Ser grato é, portanto, admitir que o outro é importante, pois a sua mera existência afeta de alguma forma a nossa vida.

Neste final de ano, revendo o meu próprio filme em 2014, tenho uma feliz sensação de vitória, por conquistas internas e alcance de mais um degrau na escalada de crescimento pessoal. Do abstrato ao concreto, do material ao imaterial, do lúdico ao sério, foram várias realizações. À custa de esforço. E sempre com reconhecimento e gratidão.

Brincando com a ideia de filme de cinema, fecho os olhos agora e imagino estar recebendo um Oscar por minhas conquistas em 2014.
Emocionada, leio minha lista de agradecimentos a tudo e todos que contribuíram para o meu sucesso:
Obrigada à minha família pelo apoio emocional sempre presente. Obrigada aos colegas de trabalho pela confiança na minha capacidade profissional. Obrigada aos amigos próximos pelo carinho. Obrigada aos amigos distantes por estarem presentes - principalmente nas curtidas do facebook. Obrigada aos amigos da Canto pelos momentos felizes e cumplicidade através da música. Obrigada à minha secretária pelo cuidado com a minha casa e tudo de tão íntimo meu. Obrigada aos funcionários e vizinhos do meu prédio pela paciência com a reforma do meu apartamento. Obrigada ao meu mestre de obra, fiel escudeiro nos momentos de desespero durante a obra.
Obrigada à minha disponibilidade interna de querer tornar-me uma pessoa melhor, respeitando as minhas dificuldades, mas ainda assim buscando superá-las.
Obrigada à VIDA, sem a qual nada existe.

Abro os olhos e revejo a cena de existência imaginária, porém de intenção absolutamente real. Deixo aqui minha  gratidão profunda a tudo e todos que cruzaram o meu caminho em 2014.

Agradeço de antemão o ano que se aproxima pela oportunidade de poder vivenciá-lo.
E desejo que cultivemos todos muita gratidão no coração. Que façamos do novo ano um ano de muito  reconhecimento, carinho, respeito e amor!

Feliz 2015 para nós!