Em comemoração ao dia das crianças, as redes sociais estão
repletas de fotos dos seus usuários quando menininhos e menininhas. Que delícia
ver imagens de pessoas que conhecemos desde aquela época distante! Que prazer
conhecer agora a criança que o amigo mais recente era! O que curto é mergulhar
em cada imagem e verificar o que se preservou da criança no adulto. Pode ser o
olhar, a covinha no rosto... seja o que
for, alguma coisa ficou.
Adoro buscar na pele que se modificou, a expressão que se
manteve ou nos dentes que estão diferentes, o sorriso que não mudou. Fico
imaginando o que mais de cada criança reside no adulto que vejo agora e como
cada adulto vê o que não mais existe daquela criança. Qual será o sentimento de cada um ao ver-se na
foto postada para o mundo? Saudade? Alegria? Melancolia?
Penso no ser criança e sua satisfação em simplesmente ser:
autêntica, alegre, criativa. Qual criança não dá um abraço apertado sem medo da
entrega? Não dá risada do que parece não ter graça? Não faz de qualquer pequena
coisa um brinquedo? Olho o meu retrato e reconheço ali meus olhos curiosos,
profundos, querendo ganhar o mundo. Guardo lá de trás a criatividade e procuro
exercitar hoje mais espontaneidade. Sim, muito ainda da minha criança reside em
mim e do que não mais existe quero resgatar a crença de que tudo é possível.
Nessa semana em que brincamos de mostrar ao mundo a nossa
criança, bem que poderíamos reviver algumas brincadeiras. Que tal um pique-pega
em que ao ser tocado você faz uma coisa engraçada, infantil? E para entrar no
jogo, basta sentir-se tocado. Daí o
inusitado pode ser fazer uma careta na rua ou cantar no ônibus... qualquer
coisa que faça você e o outro rir.
A propósito do Dia das Crianças, desejo a elas que carreguem
consigo a ludicidade pela vida adulta. E aos adultos, que façam brincar a
criança que guardam dentro de si. A todos, feliz criança todo dia!
Adorei a iniciativa, o texto, a ousadia!
ResponderExcluirParabéns e Feliz Dia da Criança, Ana!
Aliás, também adorei a repaginada!
ResponderExcluirObrigada! Acho que a palavra é mesmo 'ousadia'. Sem ousar não se sai do lugar, não é? Bjs
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