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segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Ana Paula e Calí

Fácil foi apaixonarem-se. Difícil foi ela reconhecer aquele sentimento tão distante e inesperado.
Fácil foi o desejo de se falarem todos os dias. Difícil foi ela entender que o seu autocontrole rendia-se à impetuosidade desconhecida.
Fácil foi a atração entre o homem sonhador e a mulher ponderada. Difícil foi alcançarem o equilíbrio entre o sonho e realidade.
Fácil foi a admiração pelas diferenças entre ambos. Difícil foi aceitá-las sem julgamento.
Fácil foi o crescimento da intensidade do sentimento. Difícil foi lidarem com as inseguranças do novo.
Fácil foi a exposição dos corpos. Difícil foi ela expor a sua alma.
Fácil foi o início de uma relação. Difícil foi imaginar que daria certo.
A ela faltava tempo para absorver as mudanças súbitas que aconteciam na sua vida e acreditar que ele era sincero nos seus sentimentos. A ele faltava confiança para dar a ela o tempo de que precisava. Por dois anos foram idas, vindas, desentendimentos e desencontros, gerados pelo medo da entrega de cada um. Quando juntos, era atração incontrolável e paz intensa. Quando separados, restava inquietude e impaciência. Mas, de perto ou de longe, nunca faltou amor.
Pouca gente apostou no relacionamento entre uma mulher comedida e um homem irreverente. O que ninguém sabia, entretanto, é que ela precisava de extravagância na vida para soltar as suas amarras, e ele precisava de equilíbrio para trazê-lo de volta ao seu eixo. Sem que eles próprios tivessem consciência, um precisava do outro.
Ele sabia que queria felicidade de fato. Nos versos que compusera antes de conhecê-la, ele dizia querer “algo novo, que fizesse tremer as estruturas da terra e arredores, que fizesse o vento ventar, o mar se descabelar, o sol arder em cores e torrar as torres”. Ela não sabia bem o que queria, mas tinha o desejo adormecido de rir, chorar, sentir prazer e dor, enfim, viver. A proteção contra os seus desejos secretos eram as armaduras que não permitiam que ele a conhecesse por inteiro. Ela queria viver, mas tinha medo de sofrer. E não entendia que ele queria viver e ser feliz, com ela.
O tempo foi trazendo aos poucos a segurança que cada um precisava na relação com o outro. Ele, com sua sensibilidade e espontaneidade, foi conseguindo atravessar e romper as armaduras dela. Ela, livrando-se gradativamente das suas amarras, passou a revelar-se cada vez mais. E um foi expondo ao outro a sua essência. Foi surgindo entre eles um dos mais profundos sentimentos que pode unir um casal: cumplicidade. Juntos, eles não são um só, como muita gente acredita dever ser uma relação. Eles mantêm cada um a sua individualidade, porém acrescentando ao outro o que pode ser melhor.
Não se sabe exatamente quando os fantasmas que assombravam o relacionamento se foram por completo. O fato é que vivem hoje uma relação sem assombrações e são agradecidos à vida pelo encontro que tiveram e como vêm evoluindo juntos. No sábado passado, dia primeiro de outubro, completaram seis anos de namoro. Comemoraram a conquista de mais um ano de descobertas, afeto, respeito, alegrias, confiança, companheirismo e muito desejo. O que esperam daqui para frente é manter acesa a chama dessa relação por muitas velas de aniversário.
Parabéns para nós, meu amor!

9 comentários:

  1. Lindo texto Ana :) Muitas felicidades pra vcs dois! :)

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  2. Que bonito, Ana. Seu texto é contido e ao mesmo tempo plenamente romântico. Seis anos de namoro pra mim é um tempo valiosíssimo, de muito aprendizado. Que bom que conseguiram apagar esses fantasmas comuns em qualquer relação. Parabéns e que vocês possam mesmo comemorar muitos e muitos anos juntos! Vamos celebrar o amor!

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  3. Lindo texto!! Parabéns!! Desejo a vcs muita harmonia, sempre!

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  4. A beleza do texto(e do amor)transborda de assertividade.
    É reflexiva em nós, que ficamos transbordando também de paz.
    Amo vocês.

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  5. Parabéns pra vcs, Ana!
    Linda história! Às vezes não sabemos que aquela pessoa que está bem ao nosso lado e que se mostra tão amiga e cúmplice pode realmente nos fazer tão feliz né? Beijo gigante!

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  6. Seu blog não gostava de mim... não conseguia postar nada!!! O que dizer do texto??? que é a mais linda declaração de amor que recebi nestes 46 anos de vida. Faço minhas as suas palavras sobre o quanto voce é o pedaço que me faltava, e do quanto me faz feliz. Te amo morena!!!

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  7. Lindo, lindo, lindo!!! Parabéns!

    Isso de os dois serem um, é pura loucura!

    Os dois precisam ser dois mesmo. Mas, quando juntos, perceberem que facilitam o crescimento um do outro. Que bom que vocês conseguiram.

    Aos dois, muito amor!!!

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  8. Felicidades e muito amor, vocês merecem tudo de melhor nessa vida.

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